sábado, 24 de outubro de 2009

Da dor que impus desconheço a medida

Da dor que impus desconheço a medida
Tampouco, atino o preciso motivo
Sei, tantos te dei, porém, mais nocivo
É o castigo imposto por tua partida.

Não venho denegar a culpa tida
Réu confesso, aceito ato punitivo
Mas vejo este como um tanto abusivo
Sem subestimar tua dor sofrida.

Se criado fui a fim de ser feliz,
Como viver mais longe que ao teu lado
Se não atiçam meu faro outros ares?

Oh, Flor! Perdoa-me pelo mal que fiz
E saiba, creio: Deus fez-te meu fado!
Guardar-me-ei até o dia em que voltares.

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