Ah, menina! Que faz com esse sorriso?
És sempre displicente tanto assim?
Sê tu mais cuidadosa no festim
Nem tudo é necessário ao ser preciso
Resguarda-te! Perdeste acaso o siso?
Não vês que ao teu redor se fez motim?
Esconde, dentre os lábios, teu marfim
Dispersa os gatarrões de sobreaviso
Ah, menina! Que são os olhos teus?
E os raios que irradiam, tu forjaste?
Terias sido a ladra dos de Zeus?
O encanto pelo qual me extasiaste
Exige de artifício próprio a um Deus
Só podes ter roubado aquele traste!
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