sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Para apreciar a fina poesia

Para apreciar a fina poesia
Não há uma hora ou um lugar contrário
Seja no quarto, ou sala, ou sanitário
Seja de noite, de tarde ou de dia

Como agora, eu cá, só porque no trono
Privar-me-ia de um belo soneto?
Negativo! Aos lusitanos me meto
Até pegar aqui mesmo no sono

Mas se encontro um Camões ou um Bocage
Sinto às vezes cometer um ultraje
Pois tal teoria tem seus revezes

Quando leio palavra tão profunda
Eu pauso, fecho o livro e limpo a bunda
Não é de bom gosto ler fazendo fezes

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