A Thalita Rodrigues
“Desconhecido: E o que exigirias para a mulher de teus amores?
Macário: Pouca coisa. Beleza, virgindade, inocência, amor.”
(Alvares de Azevedo)
Macário: Pouca coisa. Beleza, virgindade, inocência, amor.”
(Alvares de Azevedo)
Assim deveria ser, sem ressalva:
Dotada d’uma beleza quimérica;
Quereria a pele não menos alva
Que a perfeita palidez cadavérica.
Casta, de olhos cheios de languidez,
Com tão dulcíssimo néctar a jorrar
De seus lábios de nobre maciez,
Que da abelha surpreenda o paladar.
Dos cabelos, que o perfume subjugue
O aroma do mais nobre dos unguentos.
E que ao deitar-se inquieta madrugue
Por a rondar ter-me seus pensamentos.
A face, dispenso expressar ternura.
De outro modo serias tal criatura?
Dotada d’uma beleza quimérica;
Quereria a pele não menos alva
Que a perfeita palidez cadavérica.
Casta, de olhos cheios de languidez,
Com tão dulcíssimo néctar a jorrar
De seus lábios de nobre maciez,
Que da abelha surpreenda o paladar.
Dos cabelos, que o perfume subjugue
O aroma do mais nobre dos unguentos.
E que ao deitar-se inquieta madrugue
Por a rondar ter-me seus pensamentos.
A face, dispenso expressar ternura.
De outro modo serias tal criatura?