sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Soneto Milenar

Um sonho que me fora proibido
Dei conta que o vivia acordado
Pois se os lábios tiveras me negado
Bastou-me o teu sorriso permitido

Se nele foi que enfim se viu perdido
Quem já não desejava ser achado
A mim, se reviver fosse outorgado
Duma outra forma não teria agido

À parte a fantasia manifesta
Conste que tenho corpo e alma imersos
No afã de penetrar-te o limiar

E entrego-te a lira que me resta
Que, figurando hoje nestes versos
Estreies pr'um reinado milenar