domingo, 24 de outubro de 2010

Afeito ao amargor da solidão

Afeito ao amargor da solidão
E às desventuras d'uma vida triste
Eis que, Demônio Serafim, surgiste
De agrura vasta e parca mansidão

Despertando toda a sofreguidão
Como todo o sofrer que em mim existe
Deitas-te no meu leito, pões-me em riste
Mas censuras a minha prontidão

E apenas te reclinas sobre mim
E adormeces, porém, não me incomodo
Adormeço, aceitando teu preceito

E assim nós dois ficamos, e só assim
E amor fizemos, maior, deste modo
Que se, de fato, tivéssemos feito

Um comentário:

  1. Parabéns pelo talento que você tem de escrever, de expressar em palavras o que você vive e sente. Verdadeiramente é um dom, conectar palavras e formar sentimentos!

    De: Marry Villa http://eventualmentelirico.blogspot.com/

    ResponderExcluir