Terminada a passagem a este plano
Percebo a escuridão com mais clareza
Minh’alma queima feito vela acesa
Dos deuses, dada as mãos do mais leviano
No intento que maior me seja o dano
Cuida Hades tão menor ser a presteza
Com que os sonhos consomem-se na mesa
Restando o decomposto desengano
E me diz: – Miserável! Vá sem medo
Feliz o sofredor que morre cedo
De amarguras é feita a longa vida!
E a cera derretida das lembranças
(meus últimos resquícios de esperanças)
Derrama sobre a cova envelhecida
quinta-feira, 31 de maio de 2012
segunda-feira, 28 de maio de 2012
Rouge
"...E se eu tirar, num simples beijo, seu batom vermelho..."
(Sergio Sampaio)
Tua boca rouge...
Geme...
Minha garganta ruge...
J'aime!
(Sergio Sampaio)
Tua boca rouge...
Geme...
Minha garganta ruge...
J'aime!
IV
Cobertos pelo véu da madrugada
Cedemos ao pecado em santo dia
Eu, bêbedo de amores e poesia
Tu, sonsa, de aguardente disfarçada
Rasguei-te a branca anágua imaculada
No ardor de nossas almas em agonia
Culpar-me do impudor não carecia
Se foste tu que armaras a emboscada
Na confusão dos corpos sobre a cama
Era teu sexo o próprio sol em chama
Eram teus alvos seios gêmeas luas
Que não distinguiria mesmo Deus
Daqueles braços quais seriam os meus
Daquelas pernas quais seriam as tuas
Cedemos ao pecado em santo dia
Eu, bêbedo de amores e poesia
Tu, sonsa, de aguardente disfarçada
Rasguei-te a branca anágua imaculada
No ardor de nossas almas em agonia
Culpar-me do impudor não carecia
Se foste tu que armaras a emboscada
Na confusão dos corpos sobre a cama
Era teu sexo o próprio sol em chama
Eram teus alvos seios gêmeas luas
Que não distinguiria mesmo Deus
Daqueles braços quais seriam os meus
Daquelas pernas quais seriam as tuas
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