segunda-feira, 28 de maio de 2012

IV

Cobertos pelo véu da madrugada
Cedemos ao pecado em santo dia
Eu, bêbedo de amores e poesia
Tu, sonsa, de aguardente disfarçada

Rasguei-te a branca anágua imaculada
No ardor de nossas almas em agonia
Culpar-me do impudor não carecia
Se foste tu que armaras a emboscada

Na confusão dos corpos sobre a cama
Era teu sexo o próprio sol em chama
Eram teus alvos seios gêmeas luas

Que não distinguiria mesmo Deus
Daqueles braços quais seriam os meus
Daquelas pernas quais seriam as tuas

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