domingo, 28 de novembro de 2010
Os Brincos da Minca
Os brincos da Minca são dois desatinos
Que a dançar com o vento tintilam seus hinos
E ecoam quão belas orquestras de sinos
São sóis alabastrinos
Os tais brincos
Os brincos da Minca são faróis perdidos
Que encontram meus olhos tão desprevenidos
Que ofuscam-se a ponto de sair feridos
E se dão por vencidos
Aos tais brincos
Os brincos da Minca não “são”, é um só pingo
Que me incomoda domingo a domingo
Por tão assimétrico... e belo... e eu rezingo
Mas um dia me vingo
Do tal brinco
O brinco da Minca é um labirinto
Que se vangloria do risco distinto
Que mais me parece com teias, não minto
Ainda me ressinto
Com o tal brinco
O brinco da Minca é de rara beleza, não brinco
Que só mesmo Minca é mais bela que o brinco
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