Num nebuloso breu de noite fria
Sem que conta tomasse do impropério
De meu leito, imaculado anjo etéreo,
Nas impudicas máculas, dormia
Mais vil fosse, de que modo veria
Se já de juízo encontrava-me aéreo?
Qual a pálida tez, o olhar funéreo,
A todos meus desvelos, apreendia
Dentre os lábios frouxos de traço egrégio
Sutilmente, um sorriso me afigura
Maior não me seria o privilégio!
E a gélida e translúcida estrutura...
Tomei-a! E foi tão doce o sacrilégio
Que doeu-me devolvê-la à sepultura
Belíssimo!!! que demasia em lirismo, Alvares e Augusto, sinto- os presente em tais versos.
ResponderExcluirGrato pelas palavras, Alleson! São tantas as coisas que carrego e descarrego em meus versos, dentre pessoas, lugares e sentimentos... E neste, sem dúvidas, os versos de Álvares de Azevedo foram a maior inspiração. Volte sempre à Nossa Taverna!
ResponderExcluirBelíssimas e pasmantes palavras caro companheiro de peregrinação...
ResponderExcluirdesde já , passarei por aqui sempre...
cordialmente,
Giordano Bruno
Eu tenho orgulho de ser amigo desse cara e,comigo,não há frescura.É um ótimo construto,bem formado e bem embasado na essência.Talento de sobra nesse bicho aí!
ResponderExcluir(:
ResponderExcluir