terça-feira, 31 de maio de 2011

O Aniversário de Minha Morte II

“como se a não tivera merecida
começa de servir outros sete anos,
dizendo: - Mais servira, se não fora
para tão longo amor tão curta a vida”
(Luís de Camões)

Deste horrendo sofrer, que a mim castiga
Já há um biênio mui duro e malfadado
Que eu por mais outro fosse castigado
E outro... E outros mais tantos que consiga

Duas décadas, pelo amor da amiga
Condizente, inda sofro de bom grado
E, ao findá-las, se o bem me for negado
Para fazer-te jus, sofrer prossiga

Toda vida em angústia, pois, oferto
Que em um só teu olhar há mais valia
Que todo o meu penar é merecido

E a fim de ter-te um só dia, de certo
Neste inferno, tanto eu padeceria
Quanto viver me fosse permitido

Um comentário:

  1. Aprecio sequioso os teus versos, és de incrível lirismo cada poema aqui posto.
    Aprecio poetas como vocês que não deixam o Romantismo morrer.

    belíssimo!!!, Belíssimo!!! poema.

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