Àquela que, enquanto alimento o corpo,
alimenta-me a alma
Cruzo a viela que aflui a tua rua
Para, acanhado, ir ver a graça tua
E alimentar-me... de vã fantasia
O ar neutro e indiferente; a pose esguia;
E os dogmas que teu cerne preceitua
Constituem-se de ardis que inveja a lua
Dos quais também carece esta poesia
Regresso inglório da inerte investida
E o olhar de esguelha sobre o ombro frouxo
Um teu, que nunca cedes, quimeriza
E vou provando o veio mordaz da vida
Pois tanto que desprezas este mocho
Tanto que ele, em seus versos, te eterniza
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