segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

À Rosa se Abrindo

Basta um breve sussurrar de teu nome
E então palavras florentes bradejo
As ausentes em meu pífio cortejo
Que ora belas a consciência retome

Fomenta-me o querer que a mim consome
Mais ter, que o pouco dado pelo ensejo
Porquanto ver não saciou-me o desejo
Senão, de ti, só alimentou-me a fome

Fazes, pois, jus a este gerúndio infindo
Que apetece-me a verve, de onde então
Meu inábil galanteio desperta

E o encanto d'uma rosa se abrindo
Não o tem nenhuma quando em botão
Não o possui flor alguma já aberta

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