E haverá um dia conhecido do Senhor que não será nem dia, nem noite; e na tarde desse dia aparecerá a luz." (Zacarias, XIV, 7)
Por mais que a Dor me leve ao desespero
Eu clamarei Teu nome sussurrando
E deixarei meu rumo ao Teu comando
Por mais que a luz sucumba ao nevoeiro
Por mais que a Dor me inunde o rosto inteiro
Eu seguirei Teu vulto inolvidando
E as mãos unir-se-ão por Ti louvando
Por mais que seja inútil o meu esmero
Por mais que tardes muito em ter comigo
Por mais que não Te encontre em meu abrigo
Por mais que não Te veja em minha escolta
Eu sangrarei chorando à Tua espera
E viverei na eterna primavera
Da morte prometida em Tua volta
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Se duas almas tais, perderem os chãos
Se duas almas tais, perderem os chãos
E a carne pela outra for tocada
Sendo esta por aquela motivada
Os corpos sairão salvos e sãos
Só pecam, pois, legítimos cristãos
Não leia-me de forma equivocada
Minha palavra é ingênua e imaculada
Não me seriam d'outro modo as mãos
Quanto ao que teu princípio sentencia
Engana-se ao supor meu ceticismo
Há sim alguns adendos que eu faria
E quando dizes não, porém, eu cismo
Não culpes esta que te acaricia
É, puramente, a mão do meu lirismo
E a carne pela outra for tocada
Sendo esta por aquela motivada
Os corpos sairão salvos e sãos
Só pecam, pois, legítimos cristãos
Não leia-me de forma equivocada
Minha palavra é ingênua e imaculada
Não me seriam d'outro modo as mãos
Quanto ao que teu princípio sentencia
Engana-se ao supor meu ceticismo
Há sim alguns adendos que eu faria
E quando dizes não, porém, eu cismo
Não culpes esta que te acaricia
É, puramente, a mão do meu lirismo
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Souvenir
"Uma lembrança feliz é mais verdadeira do que a própria felicidade" (Musset)
Meu coração, movido a extravios,
Palpitações bandidas, sorrateiras
Perdeu-se dos limites das fronteiras
Vagando com remorsos doentios
Porque não tenho escrúpulos bravios
Porque não ergo sólidas barreiras
Porque não oro súplicas inteiras
Porque não sigo tráfegos sadios
Perecerei em pútridas sentenças
Marchando para os pântanos, sem crenças
Vencido...a fronte baixa...os ombros
curvos
Mas levarei na mente um doce flerte:
Rainha, de viúva eu quero ver-te,
Velando o meu cadáver de olhos turvos
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Como as nuvens
Abro os olhos e logo os fecho aos prantos
Assim que invade a dor da consciência:
Vergonha, Medo, Angústia, Amor, Falência
A alma sangra e o corpo abriga espantos
Levanto-me. O sol derrama
encantos
E o dia exala aromas de opulência...
É a vida sugerindo a paciência:
-Acreditar nos sonhos, que são
tantos!
Acreditar nos sonhos...sopram
ventos
Os céus me mostram pássaros,
milhares
E nuvens, em seus vagos
movimentos
Meu corpo enfim jazendo sem pesares
Minh´alma como as nuvens - deuses lentos-
Pairando, inconsciente, pelos ares
Pairando, inconsciente, pelos ares
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