Atônito, eu me questionava, ao sol das três
Se não seria mentira - ansiando o contrário -
A bela ninfa que tomava o vil cenário
Em passo airoso e mui notável altivez
Deu-me passagem; mostrou-me a pálida tez;
Dois olhos negros d'um fulgor incendiário;
Inda encerravam o seu precioso relicário
Mimosidade, formosura e languidez
Que Essa Pequena guardasse outros predicados
Não cria eu, julgando bastos os citados
Mas revelou-se em perfeição descomedida
Quando, impiedosa, num cantar grave e conspícuo
Feriu-me a pobre alma – mas d’um ferir profícuo
Tal qual se rasga a terra a fim de dar-lhe vida
Sou um Avido leitor dos teus poemas, Macário.
ResponderExcluirBelíssimos!!!