(clique aqui para ouvir esta canção)
Hoje quero ser melhor
Quero mostrar pro mundo o que eu sou realmente
Melhor do que imaginam ou esperam
Melhor do que os que se desesperam
Hoje vou me dedicar
A mostrar quanto que minha ausência é cruel
O quanto perdem sem meu potencial
Minhas poesias, mesmo que às vezes sem sal
Muitas vezes sarcásticas
Superando as estatísticas de débil-mentais
E envolvida em lingüísticas banais
Hoje vou me realizar
Vou caçar meus anseios pra me eternizar
Vou singrar em um rio de palavras
Depois beber toda água e vomitar
Hoje quero ser pior
Quero mostrar pro mundo minha parte que mente
Mais maléfico que o amor platônico
Mais sumido que um alcoólatra anônimo
E muito mais autêntico e amado
Sóbrio, hábil e energizado em droga mais eficaz
A poesia que obstrui todos os meus canais
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Conto sem nome...
Não admitiria nunca seu próprio erro. Pelo menos era a certeza que me cercava. Deveria ter-me respeitado, respeitado meu amor, respeitado meu carinho e até o silêncio que, ela mesma sabia, eram sempre dedicadas as nossas lembranças. Como meus próprios pensamentos que apesar de distantes e vagos. Claro! Quem não vagueia perante o infinito? Eram também em sua homenagem. Mas o que fazer diante o deserto? “- Sim”. Era o deserto das palavras, dos tormentos, dos enganos, das mentiras. Senti, em fim, todo o jardim a minha volta torna-se relva, depois nada, depois qualquer coisa que eu não soube distinguir distante do meu próprio horizonte.
O que dizer se hoje mesmo ela partiu. E partiu com tanta intensidade, com tanta força, que asseguro, jamais voltará. Contavam-me quando criança que poucas são as coisas que realmente ficam: uma menina segurando uma flor, um livro velho que se leu há muitos anos, o primeiro verdadeiro adeus que tivemos que dar, a primeira vez que desejamos ficar e não deixaram... As vezes que ficamos, a primeira grande decepção e o primeiro grande amor... Para as mulheres: sua primeira vez. Para os homens: sua primeira noite.
Por que sinceramente choro... Acreditamos muito cedo. Que todo meu amor, algo que me consome como se a próxima vez não mais fosse possível, seja antes de tudo paciente e tenha a sabedoria suficiente para saber que é tarde. Por que se foi e deixou muita poeira em nosso quarto pouco bagunçado?
“– Não”
“– Sim”
“– Por que então?”
“– Olha para nós...”
“– Agora, chore e tema nosso próprio futuro separado um do outro”
“– Adeus!”
E provavelmente, antes de ter virado as costas ela tenha dito, “– Adeus”. Mas, odeio despedidas sussurradas entre choros.
O que dizer se hoje mesmo ela partiu. E partiu com tanta intensidade, com tanta força, que asseguro, jamais voltará. Contavam-me quando criança que poucas são as coisas que realmente ficam: uma menina segurando uma flor, um livro velho que se leu há muitos anos, o primeiro verdadeiro adeus que tivemos que dar, a primeira vez que desejamos ficar e não deixaram... As vezes que ficamos, a primeira grande decepção e o primeiro grande amor... Para as mulheres: sua primeira vez. Para os homens: sua primeira noite.
Por que sinceramente choro... Acreditamos muito cedo. Que todo meu amor, algo que me consome como se a próxima vez não mais fosse possível, seja antes de tudo paciente e tenha a sabedoria suficiente para saber que é tarde. Por que se foi e deixou muita poeira em nosso quarto pouco bagunçado?
“– Não”
“– Sim”
“– Por que então?”
“– Olha para nós...”
“– Agora, chore e tema nosso próprio futuro separado um do outro”
“– Adeus!”
E provavelmente, antes de ter virado as costas ela tenha dito, “– Adeus”. Mas, odeio despedidas sussurradas entre choros.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Minca
Minca
É faca finca
Em minha alma
A beleza que te salta
E atraca em minha retina.
Minca
Contamina
A minha calma
A tristeza que te falta
E que me ataca, repentina.
Minca
É fado, sina
É flora e fauna
Doce canto qual flauta
Da ave que nunca desafina.
Minca
Tão genuína
És quando falsa
Ó Rouxinol cardionauta
Ó meu Jasmim, sorte divina.
É faca finca
Em minha alma
A beleza que te salta
E atraca em minha retina.
Minca
Contamina
A minha calma
A tristeza que te falta
E que me ataca, repentina.
Minca
É fado, sina
É flora e fauna
Doce canto qual flauta
Da ave que nunca desafina.
Minca
Tão genuína
És quando falsa
Ó Rouxinol cardionauta
Ó meu Jasmim, sorte divina.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Retrato do inconsciente
Não eu não vou vacilar não vou cair o meu orgulho o meu orgulho ele clama por mim não vou olvidá-lo não vou decepcioná-lo ele é meu não podem subestimar sou o filho de ezequiel de paulinho de chico de noel de vegeta dos nielsen de luis da silva de carlos de melo de rubião de sorel a morte destes não será em vão aquelas catrevagens filhas da puta aspirantes a sofia a capitu a charlotte não vou vacilar aquele que pensa mais de vinte segundos numa mulher não é um homem é um maricão valha-me borges valha-me poe valha-me dickens valha-me schopenhauer nada será em vão vou honrá-los até a morte aquele miserável também me pagará são uns canalhas essas massas putrefactas essas massas idiotas essas massas vulgares são estúpidos são vis são miseráveis são nefastos filhos de rapariga com guarda-noturno morrerão burros o cristo ferve no meu sangue ah eu quero voltar voltar pro cristo meu pai minha mãe meus irmãos era feliz era feliz pão com leite condensado meu pai meus irmãos lembro daquela pelada no campinho meu pai e nós três contra a récua o almeidão meu estadio almeidão o botafogo volta pra mim botafogo volta pra mim pinocchio volta pra mim meninice não morrerei não quero morrer nas mãos da podridão um dia verão a minha personalidade ímpar é o meu tesouro quem não gostou vá pra puta que pariu fiz o que pude regozija-te na tua mocidade o ridículo é uma espécie de lastro da alma perdão machado fiz o que pude fiz o que pude quixote tentou papa-rabo tentou baleia tentou o moleque ricardo tentou pajeú tentou policarpo quaresma tentou não tive culpa jamais esquecerei vocês nunca jamais seus esforços não serão em vão vocês são meus ideais meus paradigmas tenho vocês volta 94 96 98 99 2000 2003 por um minuto por um segundo por um milésimo sói em sóis fumegam
CaiCai
Cal
Cai
Cal
Aiaiaiai aiai
Ai cai...ai calai
domingo, 6 de dezembro de 2009
Coisas que aprendi contigo
Ela me segue desde o nascimento. Nascemos no mesmo dia, e poucos minutos depois que eu cheguei, datam que ela veio a este mundo. Descobri isso muitos anos depois. Na verdade, o primeiro encontro foi cheio de descobertas. Descobrimos ali as afinidades em comuns. Como meu corpo encaixava perfeitamente no seu passo de dança. Descobrimos que líamos os mesmos livros. Assistíamos e choramos com os mesmos filmes. Estudávamos as mesmas coisas. Pensávamos iguais. Éramos sós. Descobrimos em fim que fomos feitos um para o outro. Mas é claro que isso não impediu que nos separássemos. Não impediu que ela seguisse caminho contrário do meu.
Que seja... Aconteceu que ela estava certa. O TEMPO se encarregou do INVERNO, que se foi pouco a pouco. O DESTINO se encarregou das lágrimas PASSAGEIRAS e me trouxe alguém que soube prezar pela seca dos meus olhos. Anos depois soube que o medo era mesmo MOMENTÂNEO e culpa de um covarde que morreu com sua distância. Das ILUSÕES sobrou bem pouco... eram verdades que você transformou mentiras.
E descobri mais uma coisa esses dias. Disseram-me o quanto você procurou em outros um sonhador igual a mim. O quanto você previu um DESTINO ao meu lado. O quanto quis meu corpo para te esquentar no INVERNO, o TEMPO de poucos minutos para guardar tua saliva em minha boca. Sei que pensou em estar perto para beijar meus olhos tristes com as lágrimas que te ofereci. Soube o quanto tua liberdade longe de mim foi PASSAGEIRA. E teus desejos longe de mim foram ILUSÕES. Sei que hoje você queria teu olhar dentro meu e meu corpo acariciando o teu, minha boca tocando teus seios como na nossa, na tua primeira vez. Foi-se o TEMPO que te esperei na cama, e hoje você sofre por isso. Que Deus nos perdoe por não percebermos antes o que nos foi dado de acaso. E deixamos na encruzilhada do caminho metade da nossa carcaça seguir para um lado e a outra metade permanecer.
Que seja... Aconteceu que ela estava certa. O TEMPO se encarregou do INVERNO, que se foi pouco a pouco. O DESTINO se encarregou das lágrimas PASSAGEIRAS e me trouxe alguém que soube prezar pela seca dos meus olhos. Anos depois soube que o medo era mesmo MOMENTÂNEO e culpa de um covarde que morreu com sua distância. Das ILUSÕES sobrou bem pouco... eram verdades que você transformou mentiras.
E descobri mais uma coisa esses dias. Disseram-me o quanto você procurou em outros um sonhador igual a mim. O quanto você previu um DESTINO ao meu lado. O quanto quis meu corpo para te esquentar no INVERNO, o TEMPO de poucos minutos para guardar tua saliva em minha boca. Sei que pensou em estar perto para beijar meus olhos tristes com as lágrimas que te ofereci. Soube o quanto tua liberdade longe de mim foi PASSAGEIRA. E teus desejos longe de mim foram ILUSÕES. Sei que hoje você queria teu olhar dentro meu e meu corpo acariciando o teu, minha boca tocando teus seios como na nossa, na tua primeira vez. Foi-se o TEMPO que te esperei na cama, e hoje você sofre por isso. Que Deus nos perdoe por não percebermos antes o que nos foi dado de acaso. E deixamos na encruzilhada do caminho metade da nossa carcaça seguir para um lado e a outra metade permanecer.
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