"Não estou te dedicando esse conto, na verdade estou falando de você."
"Pudera", sempre fora dessas mulheres irremediavelmente mulheres, mesmo quando criança. E que bela criança! Dessas com uma certeza quase congênita das respostas que lá no fundo sabia que não tinha. E quando se via de noite, daquelas noites tão noites que parecia que qualquer ponto de luz fora se esconder em um espaço vazio de algum lugar longínquo, ela tinha medo. Não medo do escuro, mas da solidão que lhe imprimira todo aquele enegrecer no meio de tantos. Que estava confusa. É claro! Não era mais deste mundo e breve em breve a mandariam pra qualquer outra terra bem distante. Talvez Marte, talvez Saturno ou Júpiter. Plutão não, coitado, agora era anão. Fora rebaixado a menos que planeta. E agora? "Pudera" tanta dor, antes pelo menos ela conseguia imaginar o “fim” e agora poucas vezes pensara tantas vezes no “adeus”.
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