"Minha dor é te ver por aí
Nessa leveza insustentável de ser"
(Tunai)
Meus confusos olhos espreitam ciosos
Toda languidez a que circunscreve
Teu pálido corpo, de traço leve,
De mãos delicadas, de pés mimosos
Sorvem-lhe o leite, meus lábios ditosos
Dos cândidos seios, flocos de neve
Mas finda o prazer de meu sonho breve
Num alvorecer de raios queixosos
Dou-me conta da onírica diabrura
E então levanto, em favor da inocente,
Contra mim mesmo, minha própria fúria
Atormenta-me ver que uma alma pura
Possa despertar querer tão ardente...
Tanta lascívia... tamanha luxúria.
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