sexta-feira, 2 de outubro de 2009

As palavras se perdem em meus prantos

As palavras se perdem em meus prantos;
Minha verve de outrora se debanda;
A pena no papel já não mais anda;
As musas não mais me cantam seus cantos.

Oh, Flor! Enfim voaste. Teus encantos
Levaste contigo, restou-me a landa
Onde peno esta pena nada branda
Da dura ausência de teus acalantos.

Vibro com o toque da Morte. Ilusão!
Hades nega-me sua doce excursão.
Dor atroz e impiedosa que não passa

Ao menos dê-me alguma inspiração
Para que a Taverna se anime (ou não)
Por intermédio de minha desgraça.

2 comentários:

  1. Caramba, gente vocês continuam escrevendo como os poetas românticos... acho que essa parte do romantismo brasileiro já foi superado, não? ou era essa a proposta do blog de vocês? enfim, vcs escrevem mt bem, mas se torna um tanto quanto cansativo, sempre o msm estilo, sempre a oh, amada e timida donzela intocada... enfim. acho que tudo pode se tornar mais atrativo

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  2. Obrigado pelo comentário e pela crítica. A verdade é que a Nossa Taverna nasceu principalmente com o intuito de resgatar um pouco a segunda geração romântica (ultra-romântica), sem pretensão de equipará-los, obviamente. Mas cada um dos três integrantes tem um estilo peculiar. Satan, por exemplo, não costuma ser ultra-romântico. Realmente, em muitos poemas, tentamos retratar o amor idealizado, e a languidez das antigas donzelas, mas continue visitando o blog e perceberá que fugimos, muitas vezes, desse estilo. Espero sua visita mais vezes (de preferência, não anônima, kkkk). Abraço!

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