quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O tártaro em que estou, não me rodeia

O tártaro em que estou, não me rodeia
De dentro para fora é que ele atua
Rubras labaredas minha alma sua
Tenho lava em meio ao sangue na veia

Intermitente sofrimento ateia
Se ora ele me ataca, ora ele recua
Se ora esfomeia, ora me desjejua
Se ora me alivia, me arde hora e meia

Tempos não voltam, apegue-se amante,
Consciente do certo prejuízo,
Às lembranças felizes do passado

Pois o inferno que nos descreve Dante
Julgado pode ser um paraíso
É ameno, ao de Garrett comparado

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