domingo, 13 de setembro de 2009

Se a vida não fosse um tanto sacana

Se a vida não fosse um tanto sacana
Quem sabe a mim não aparecerias
Impondo a coita dos últimos dias
Poupando-me o vinho e o copo de cana

Marcus James não só, mas Dom Afonso
Teria folga de minha companhia
Mas invoco, no cume da agonia
Suas baforadas pelas quais me esconso

Assim, enquanto a dor não alivia
Dou-me aos demônios e sua serventia
O que me resta é aproveitar o luto

Prossigo então, do poço, no fundo
E amaldiçoando a Deus (a ti) e ao mundo
Eu bebo, blasfemo e fumo charuto

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